Nesse texto iremos tratar sobre o Projeto de Lei (PL) 2.337/2021, que trouxe uma mudança significativa ao propor a tributação da distribuição de dividendos no Brasil.
O referido Projeto ficou popularmente conhecido como “segunda etapa” da proposta de Reforma Tributária.
A proposta de tributação dos ganhos distribuídos aos acionistas gerou debates intensos, considerando o histórico de discussões sobre a simplificação do sistema tributário brasileiro.
Os dividendos, que representam os lucros líquidos distribuídos pela empresa aos acionistas, tornaram-se um ponto crucial de discussão, especialmente em relação à tributação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Anteriormente, os dividendos eram incluídos na base de cálculo do IRPF, mas essa prática foi alterada no passado.
O Projeto de Lei 2.337/2021, enviado pelo Governo Federal à Câmara dos Deputados, propõe a tributação dos dividendos com uma alíquota de 20%. Essa medida representa uma mudança substancial no cenário tributário brasileiro, reintroduzindo a tributação sobre os ganhos distribuídos pelas empresas.
O argumento central do Governo Federal é que essa medida seria compensada por reduções de carga tributária em outros tributos que impactam as empresas, buscando um equilíbrio fiscal. No entanto, a preocupação dos contribuintes é que essa tributação represente, na prática, um aumento indireto na carga tributária.
A proposta gerou reações diversas. Empresários e setores do mercado financeiro manifestaram preocupações, alegando que a tributação de dividendos poderia impactar negativamente os investimentos e a distribuição de lucros, desestimulando a participação de investidores no mercado de capitais.
Nesse sentido, a discussão em torno da Reforma Tributária desde sempre desperta desconforto e incerteza entre os contribuintes, que desejam uma simplificação do sistema, mas temem possíveis aumentos de impostos.
Durante a tramitação do projeto, espera-se que deputados federais e senadores realizem alterações para garantir uma reforma tributária equilibrada e bem delimitada.
Caso a proposta seja aprovada de forma equivocada, pode representar um obstáculo significativo para a economia brasileira.
Ao longo da tramitação da PL, espera-se que os deputados federais e senadores promovam alterações no rol apresentado, pois é de suma importância a correta delimitação da reforma. Caso seja editada de forma equivocada, apresentará um grande obstáculo econômico brasileiro.